Miguel Burnier
Tratamento dos Melanomas Oculares
O médico brasileiro Miguel Burnier, pesquisador há décadas na Universidade McGill, no Canadá, abordou os avanços no tratamento dos melanomas oculares, um tipo de tumor maligno que atinge principalmente pessoas com mais de 55 anos de idade. Para abordar esse tema, convidamos Burnier para uma entrevista acerca de melanomas oculares.
FONTE: Site Dr. Visão (www.drvisao.com.br)
Dr. Visão - Quais os avanços no diagnóstico e tratamento dos melanomas oculares?
Miguel Burnier : Existem atualmente muitas novidades relacionadas aos melanomas, tumor maligno que mais mata em todo o mundo, entre elas o fato de que os melanomas que eram binucleados, onde se tirava o olho antigamente pela presença do câncer, atualmente são irradiados. Existe uma nova maneira de se fazer radioterapia que atinge somente o tumor, através de placas colocadas sobre a esclera para irradiar somente o tumor, sem muito comprometimento do resto do globo ocular. No diagnóstico dos melanomas também temos novidades, principalmente do ultra-som. Temos a possibilidade de fazer um diagnóstico muito mais correto que antigamente.
Dr. Visão - Essas novidades representam um tratamento menos invasivo, mas ainda são restritos à grande maioria da população Brasileira. O senhor considera que isso tudo estará mais acessível?
Miguel Burnier : Sem dúvida. Com as novas tecnologias, o tratamento é muito menos invasivo e tão seguro quanto se fazer a enucleação, a total retirada do globo ocular. O problema é que esse tratamento ainda é um tratamento que ainda é caro, que ainda é restrito no Brasil a alguns centros, principalmente São Paulo, na Universidade Federal de São Paulo. Nós temos que fazer com esse tipo de tratamento tenha uma repercussão maior na população brasileira. Isso vai acontecer. Essas placas vão ficar mais baratas, têm a tendência de ficar mais baratas, e o método ser mais simplificado, portanto, mais acessível à população brasileira. Esse tipo de tratamento é muito mais acessível hoje do que era há cinco anos atrás. É claro que no Brasil ele ainda continua sendo regionalizado. O paciente então para ter acesso a isso teria de ir a grandes centros como, por exemplo, São Paulo e isso vai ter de começar a ser feito também no Rio de Janeiro. Como toda nova técnica, não há necessidade de que toda cidade brasileira faça essa técnica. É melhor que o Brasil crie centros de excelência porque o número de pacientes a serem vistos não é muito grande e as pessoas têm que ser treinadas e só se obtém sucesso quando se vê um número maior de pacientes. Então, o ideal para o Brasil seria ter talvez um centro no Norte/Nordeste, um ou dois centros na região Sul para atendimento desses tumores e colocar esses especialistas, que são especializados, tem treinamento conosco no exterior, à disposição desses centros.
Dr. Visão - Esse tratamento por irradiação pode ser feito em qualquer caso de melanoma ocular ou existem casos específicos?
Miguel Burnier : Isso é importante. Só podem ser utilizados de acordo com o tamanho do tumor intra-ocular. Se o tamanho do tumor intra-ocular é menos do que 10 milímetros, de um modo geral, esse é o tratamento mais indicado. Para que se faça um diagnóstico de um tumor pequeno é preciso que o diagnóstico seja feito precocemente. Para que o diagnóstico seja feito precocemente a coisa mais importante é que a população vá ao médico porque muitas vezes os tumores pequenos não dão sinais clínicos nem sintomas. Então, o paciente não sabe que tem um tumor ocular e o que é recomendado é que se você tem mais de 40 anos de idade deve efetuar visitas anuais ao oftalmologista, com exame oftalmológico completo para detecção precoce desse tumor. Quanto menor o tumor, mais fácil de ser tratado.
O médico brasileiro Miguel Burnier, pesquisador há décadas na Universidade McGill, no Canadá, abordou os avanços no tratamento dos melanomas oculares, um tipo de tumor maligno que atinge principalmente pessoas com mais de 55 anos de idade. Para abordar esse tema, convidamos Burnier para uma entrevista acerca de melanomas oculares.
FONTE: Site Dr. Visão (www.drvisao.com.br)
Dr. Visão - Quais os avanços no diagnóstico e tratamento dos melanomas oculares?
Miguel Burnier : Existem atualmente muitas novidades relacionadas aos melanomas, tumor maligno que mais mata em todo o mundo, entre elas o fato de que os melanomas que eram binucleados, onde se tirava o olho antigamente pela presença do câncer, atualmente são irradiados. Existe uma nova maneira de se fazer radioterapia que atinge somente o tumor, através de placas colocadas sobre a esclera para irradiar somente o tumor, sem muito comprometimento do resto do globo ocular. No diagnóstico dos melanomas também temos novidades, principalmente do ultra-som. Temos a possibilidade de fazer um diagnóstico muito mais correto que antigamente.
Dr. Visão - Essas novidades representam um tratamento menos invasivo, mas ainda são restritos à grande maioria da população Brasileira. O senhor considera que isso tudo estará mais acessível?
Miguel Burnier : Sem dúvida. Com as novas tecnologias, o tratamento é muito menos invasivo e tão seguro quanto se fazer a enucleação, a total retirada do globo ocular. O problema é que esse tratamento ainda é um tratamento que ainda é caro, que ainda é restrito no Brasil a alguns centros, principalmente São Paulo, na Universidade Federal de São Paulo. Nós temos que fazer com esse tipo de tratamento tenha uma repercussão maior na população brasileira. Isso vai acontecer. Essas placas vão ficar mais baratas, têm a tendência de ficar mais baratas, e o método ser mais simplificado, portanto, mais acessível à população brasileira. Esse tipo de tratamento é muito mais acessível hoje do que era há cinco anos atrás. É claro que no Brasil ele ainda continua sendo regionalizado. O paciente então para ter acesso a isso teria de ir a grandes centros como, por exemplo, São Paulo e isso vai ter de começar a ser feito também no Rio de Janeiro. Como toda nova técnica, não há necessidade de que toda cidade brasileira faça essa técnica. É melhor que o Brasil crie centros de excelência porque o número de pacientes a serem vistos não é muito grande e as pessoas têm que ser treinadas e só se obtém sucesso quando se vê um número maior de pacientes. Então, o ideal para o Brasil seria ter talvez um centro no Norte/Nordeste, um ou dois centros na região Sul para atendimento desses tumores e colocar esses especialistas, que são especializados, tem treinamento conosco no exterior, à disposição desses centros.
Dr. Visão - Esse tratamento por irradiação pode ser feito em qualquer caso de melanoma ocular ou existem casos específicos?
Miguel Burnier : Isso é importante. Só podem ser utilizados de acordo com o tamanho do tumor intra-ocular. Se o tamanho do tumor intra-ocular é menos do que 10 milímetros, de um modo geral, esse é o tratamento mais indicado. Para que se faça um diagnóstico de um tumor pequeno é preciso que o diagnóstico seja feito precocemente. Para que o diagnóstico seja feito precocemente a coisa mais importante é que a população vá ao médico porque muitas vezes os tumores pequenos não dão sinais clínicos nem sintomas. Então, o paciente não sabe que tem um tumor ocular e o que é recomendado é que se você tem mais de 40 anos de idade deve efetuar visitas anuais ao oftalmologista, com exame oftalmológico completo para detecção precoce desse tumor. Quanto menor o tumor, mais fácil de ser tratado.