Miguel Giannini
Unanimidade em estética ótica no Brasil, Miguel Giannini tem 40 anos de profissão e mais de 400 mil rostos analisados. Conheça mais sobre o dia-a-dia e o trabalho do mais renomado esteta ótico do país.
Miguel Giannini é uma unanimidade quando se fala em estética ótica no Brasil. Dez entre dez famosos e personalidades de todas as áreas procuram por ele na hora de escolher os óculos que vão exibir por aí.
A prefeita Marta Suplicy, o ministro Antonio Palocci, o governador Geraldo Alckmin e o Presidente da República estão entre os políticos atendidos por Giannini. Entre os artistas estão Jô Soares, Rita Lee, Regina Duarte, Ana Maria Braga, José Wilker e Tomie Ohtake. Na verdade, são muitos nomes que pagam entre R$ 400 e R$ 2 mil, em média, por um par de óculos indicado pelo esteta.
Modelos mais sofisticados em ouro e cristais podem sair ainda mais caros. Tudo depende do material utilizado e da grife escolhida.
Há mais de 40 anos trabalhando na área, Giannini já analisou mais de 400 mil rostos ao longo de sua carreira é um apaixonado pela profissão que escolheu. Ele trabalha mais de 12 horas por dia e ainda encontra tempo para participar de projetos sociais. Ele ajuda a manter a Cajec (Casa José Eduardo Cavichio, de apoio à crianças com câncer) e participa de ações voluntárias da Escola Paulista de Medicina.
O site Moda Almanaque conversou com o esteta Miguel Giannini em uma de suas lojas, a única em que atende, em um casarão construído no começo do século passado, em São Paulo. A loja também abriga o museu dos óculos Gioconda Giannini, uma homenagem a sua mãe, que conta com 600 peças em acervo e 200 em exposição.
Leia a entrevista a seguir e saiba mais sobre como é o dia-a-dia, a história e o trabalho do esteta ótico Miguel Giannini.
Fonte: Moda Almanaque.
Como é o seu trabalho, como é o dia-a-dia do Miguel Giannini?
Miguel Giannini: Estou trabalhando na ótica há mais de 40 anos e amo o que eu faço. O importante é que no meu dia, eu nunca sei o que vai acontecer nos próximos cinco minutos pois é um setor muito eclético. Eu lido com criança, com adolescente, com adulto, com terceira idade, eu lido com pessoas que usaram lentes de contato em excesso e vão ter de ficar um pouquinho de castigo usando óculos... Conclusão: O meu trabalho é exatamente achar a solução para o que até então era um problema.
O primeiro passo: eu tenho de usar muita psicologia para poder sentir o que é que nós vamos elaborar em cima daquela necessidade pois não é só o perfil psicológico, a pessoa traumatizada, o poder aquisitivo, um rosto largo, um rosto grande. O problema todo é trabalhar em cima de um receituário porque não adianta ter a armação bonita, ela estar linda no rosto, mas não ter nada a ver com os graus que serão adicionados para que se transforme num óculos.
O importante também é quando a pessoa que chegou com uma apatia incrível, dizendo que odeia óculos, de repente ela diz que vai comprar uma roupa para usar com aqueles óculos. Quer dizer, quando você consegue este resultado, para mim é bastante gratificante porque eu consegui dar a solução, destraumatizar e fazer com que a pessoa pelo menos se goste de óculos.
Se o rosto é largo, por exemplo, todo mundo acha que é preciso usar óculos grandes. Um erro, porque uma coisa grande vai encorpar mais esse rosto. As pessoas acham que graus fortes pedem óculos grandes. Pior. Mesmo com lentes finas, o que chama a atenção aos óculos não é a armação, o que chama a atenção são as lentes, porque é uma cortina que se sobrepõe à expressão. Então, o ideal é quando você consegue aliar os dois, e se o grau é forte vamos chamar atenção para a armação para que não chame atenção às lentes. Você dá um enfoque diferente. Se o grau é pequeno você pode brincar com o anonimato. Não precisa chamar tanto a atenção. Na verdade, cada caso é um caso.
Existe um nome para o seu trabalho?
Miguel Giannini: Eu sou um esteta. Há uns 30 anos, num programa de televisão no antigo canal 9, a Cleide Blota falou assim: "Ele é um verdadeiro esteta." E por causa disso ficou. Um esteta tem de ter sensibilidade para poder criar e humildade profissional a toda prova. Você não pode ser estrela nunca, senão você mesmo se bloqueia, se engana e não se dá a chance de viajar em cima de uma solução. Outro segredo é você ter humildade profissional para ensinar e repassar o seu conhecimento. Eu dou muitas palestras e aulas e quando eu passo uma fórmula do meu dia-a-dia, automaticamente eu já tenho de criar outra porque aquela já foi.
Como começou a sua carreira?
Miguel Giannini: Eu comecei como office boy e eu não tinha recurso financeiro, não tinha nada, mas eu tinha vontade de vencer e a necessidade me obrigou a criar esse estilo. Então, felizes os que têm de ir a luta porque não vão copiar ninguém. Na verdade, você tem de criar o seu estilo. E só a necessidade te obriga a fazer isso e o desespero te dá a solução.
Você começou a trabalhar numa ótica?
Miguel Giannini: Sim, esse foi o meu único emprego, onde eu fiquei por dez anos. Como eu sempre fui muito curioso, fui adotado pela diretoria e então eles foram me ensinando tudo. Os meus horizontes não eram tão grandes, quer dizer, eu nunca imaginei por exemplo, que o Miguel Giannini iria cuidar de três presidentes: o Sarney, o Fernando Henrique e o Lula.
Como é que funciona o seu trabalho social?
Miguel Giannini: São os projetos de acuidade visual. Estamos juntos com os oftalmologistas nesses projetos e a parte de óculos eu sempre faço. A gente chega a doar 200, 300 óculos para crianças.
Assim como quando compramos uma roupa, acontece de a pessoa se arrepender da escolha dos óculos?
Miguel Giannini: Raramente acontece. Eu ponho a pessoa muito à vontade e o mais importante para mim é a segurança, mas se a pessoa está em dúvida, eu não forço uma situação, ela tem de despertar porque senão ela volta a zero, mas quando as pessoas vêm me procurar como um esteta, ela não é obrigada a aceitar o que eu estou sugerindo, porque é uma escolha muito pessoal, ela tem de se sentir bem.
E se a pessoa gostar de vários modelos e ficar na dúvida?
Miguel Giannini: Vamos por eliminatória e começar a analisar o perfil psicológico, o tipo de grau, onde a lente vai ficar mais fininha, o nasal, enfim, nós vamos chegar a um denominador, mas nós temos de ir atrás do conforto, que é o mais importante.
Existem modelos para ocasiões diferentes?
Miguel Giannini: É um erro as pessoas terem apenas um par de óculos. As pessoas não gostam de óculos porque, em regra geral, os teus acessórios para ocasiões mais formais são uns e para as informais são outros, mas esses óculos acompanham tudo isso. Quer dizer, o melhor é quando você pode ter dois ou três exemplares, que aliás, é o mínimo que uma pessoa deve de ter para que goste dos óculos. O ideal é ter o modelo social, o dia-a-dia e a proteção solar.
E as pessoas procuram também por óculos de sol?
Miguel Giannini: Eu gosto mais do receituário, mas trabalho com sol também. Eu gosto mais da necessidade.
Quanto tempo dura uma consulta com você?
Miguel Giannini: Varia muito. Tem casos em que o cliente que já é antigo e é muito mais rápido. E sempre, quase em regra geral, é o primeiro modelo que eu mostro que a pessoa escolhe. Mas você não pode explorar, tem de analisar até questões financeiras. Não é porque você vai no Miguel que vai ser obrigado a ficar endividado para o resto da vida.
Quanto custa uma consulta?
Miguel Giannini: Não, consulta eu não cobro, eu faço uma análise. É o preço de mercado e a análise e a adaptação a cada situação é que é o diferencial. Então, tem cliente que fica apavorado, mas às vezes é mais barato do que fora. Vai de sorte, óculos não têm meio termo. Se eu sei que eu posso fazer um valor bem acessível, tudo dentro do que eu quero, evidente que eu vou fazer aquele. Agora, se eu não encontrei nada e eu tenho de fazer aquele, que infelizmente é mais caro, vai pagar mais caro porque não adianta economizar e não usar.
Você atende quantas pessoas por dia?
Miguel Giannini: Depende, pelo menos 50 pessoas por dia, mas eu já cheguei a atender 70 pessoas. Antigamente tinha de pegar até senha. Eu estou na quarta geração de cliente e já analisei mais de 400, 500 mil rostos.
Aqui na loja da Bela Vista tem um museu dos óculos no andar superior. Como surgiu a idéia de fazer museu?
Miguel Giannini: Nesses anos todos eu sempre fui garimpando, fui trazendo as armações e eu tinha muita coisa antiga. Quando eu vim para o casarão, eu vi que tinha um espaço lá em cima e foi quando veio a proposta do museu em homenagem a minha mãe Gioconda Giannini.
É muito difícil conseguir marcar um horário com você?
Miguel Giannini: Depende de agenda, mas sempre tem meios de encaixar, quando são casos urgentes..A equipe é muito boa e eu sempre ajudo. Eles começam a passar pela equipe e eu vou pra ver se estão no caminho, direciono. Eu sempre dou o aval, sempre passam pelas minhas mãos. Minha equipe sabe que eu sempre vou conferir para ver se paramos por ali ou se nós temos uma solução melhor. Então, o cliente é sempre bem assessorado por mim.
Você tem três lojas. Você atende em todas elas?
Miguel Giannini: Não, eu só fico aqui no casarão da Bela Vista porque todo o controle de qualidade é concentrado aqui.
Miguel Giannini é uma unanimidade quando se fala em estética ótica no Brasil. Dez entre dez famosos e personalidades de todas as áreas procuram por ele na hora de escolher os óculos que vão exibir por aí.
A prefeita Marta Suplicy, o ministro Antonio Palocci, o governador Geraldo Alckmin e o Presidente da República estão entre os políticos atendidos por Giannini. Entre os artistas estão Jô Soares, Rita Lee, Regina Duarte, Ana Maria Braga, José Wilker e Tomie Ohtake. Na verdade, são muitos nomes que pagam entre R$ 400 e R$ 2 mil, em média, por um par de óculos indicado pelo esteta.
Modelos mais sofisticados em ouro e cristais podem sair ainda mais caros. Tudo depende do material utilizado e da grife escolhida.
Há mais de 40 anos trabalhando na área, Giannini já analisou mais de 400 mil rostos ao longo de sua carreira é um apaixonado pela profissão que escolheu. Ele trabalha mais de 12 horas por dia e ainda encontra tempo para participar de projetos sociais. Ele ajuda a manter a Cajec (Casa José Eduardo Cavichio, de apoio à crianças com câncer) e participa de ações voluntárias da Escola Paulista de Medicina.
O site Moda Almanaque conversou com o esteta Miguel Giannini em uma de suas lojas, a única em que atende, em um casarão construído no começo do século passado, em São Paulo. A loja também abriga o museu dos óculos Gioconda Giannini, uma homenagem a sua mãe, que conta com 600 peças em acervo e 200 em exposição.
Leia a entrevista a seguir e saiba mais sobre como é o dia-a-dia, a história e o trabalho do esteta ótico Miguel Giannini.
Fonte: Moda Almanaque.
Como é o seu trabalho, como é o dia-a-dia do Miguel Giannini?
Miguel Giannini: Estou trabalhando na ótica há mais de 40 anos e amo o que eu faço. O importante é que no meu dia, eu nunca sei o que vai acontecer nos próximos cinco minutos pois é um setor muito eclético. Eu lido com criança, com adolescente, com adulto, com terceira idade, eu lido com pessoas que usaram lentes de contato em excesso e vão ter de ficar um pouquinho de castigo usando óculos... Conclusão: O meu trabalho é exatamente achar a solução para o que até então era um problema.
O primeiro passo: eu tenho de usar muita psicologia para poder sentir o que é que nós vamos elaborar em cima daquela necessidade pois não é só o perfil psicológico, a pessoa traumatizada, o poder aquisitivo, um rosto largo, um rosto grande. O problema todo é trabalhar em cima de um receituário porque não adianta ter a armação bonita, ela estar linda no rosto, mas não ter nada a ver com os graus que serão adicionados para que se transforme num óculos.
O importante também é quando a pessoa que chegou com uma apatia incrível, dizendo que odeia óculos, de repente ela diz que vai comprar uma roupa para usar com aqueles óculos. Quer dizer, quando você consegue este resultado, para mim é bastante gratificante porque eu consegui dar a solução, destraumatizar e fazer com que a pessoa pelo menos se goste de óculos.
Se o rosto é largo, por exemplo, todo mundo acha que é preciso usar óculos grandes. Um erro, porque uma coisa grande vai encorpar mais esse rosto. As pessoas acham que graus fortes pedem óculos grandes. Pior. Mesmo com lentes finas, o que chama a atenção aos óculos não é a armação, o que chama a atenção são as lentes, porque é uma cortina que se sobrepõe à expressão. Então, o ideal é quando você consegue aliar os dois, e se o grau é forte vamos chamar atenção para a armação para que não chame atenção às lentes. Você dá um enfoque diferente. Se o grau é pequeno você pode brincar com o anonimato. Não precisa chamar tanto a atenção. Na verdade, cada caso é um caso.
Existe um nome para o seu trabalho?
Miguel Giannini: Eu sou um esteta. Há uns 30 anos, num programa de televisão no antigo canal 9, a Cleide Blota falou assim: "Ele é um verdadeiro esteta." E por causa disso ficou. Um esteta tem de ter sensibilidade para poder criar e humildade profissional a toda prova. Você não pode ser estrela nunca, senão você mesmo se bloqueia, se engana e não se dá a chance de viajar em cima de uma solução. Outro segredo é você ter humildade profissional para ensinar e repassar o seu conhecimento. Eu dou muitas palestras e aulas e quando eu passo uma fórmula do meu dia-a-dia, automaticamente eu já tenho de criar outra porque aquela já foi.
Como começou a sua carreira?
Miguel Giannini: Eu comecei como office boy e eu não tinha recurso financeiro, não tinha nada, mas eu tinha vontade de vencer e a necessidade me obrigou a criar esse estilo. Então, felizes os que têm de ir a luta porque não vão copiar ninguém. Na verdade, você tem de criar o seu estilo. E só a necessidade te obriga a fazer isso e o desespero te dá a solução.
Você começou a trabalhar numa ótica?
Miguel Giannini: Sim, esse foi o meu único emprego, onde eu fiquei por dez anos. Como eu sempre fui muito curioso, fui adotado pela diretoria e então eles foram me ensinando tudo. Os meus horizontes não eram tão grandes, quer dizer, eu nunca imaginei por exemplo, que o Miguel Giannini iria cuidar de três presidentes: o Sarney, o Fernando Henrique e o Lula.
Como é que funciona o seu trabalho social?
Miguel Giannini: São os projetos de acuidade visual. Estamos juntos com os oftalmologistas nesses projetos e a parte de óculos eu sempre faço. A gente chega a doar 200, 300 óculos para crianças.
Assim como quando compramos uma roupa, acontece de a pessoa se arrepender da escolha dos óculos?
Miguel Giannini: Raramente acontece. Eu ponho a pessoa muito à vontade e o mais importante para mim é a segurança, mas se a pessoa está em dúvida, eu não forço uma situação, ela tem de despertar porque senão ela volta a zero, mas quando as pessoas vêm me procurar como um esteta, ela não é obrigada a aceitar o que eu estou sugerindo, porque é uma escolha muito pessoal, ela tem de se sentir bem.
E se a pessoa gostar de vários modelos e ficar na dúvida?
Miguel Giannini: Vamos por eliminatória e começar a analisar o perfil psicológico, o tipo de grau, onde a lente vai ficar mais fininha, o nasal, enfim, nós vamos chegar a um denominador, mas nós temos de ir atrás do conforto, que é o mais importante.
Existem modelos para ocasiões diferentes?
Miguel Giannini: É um erro as pessoas terem apenas um par de óculos. As pessoas não gostam de óculos porque, em regra geral, os teus acessórios para ocasiões mais formais são uns e para as informais são outros, mas esses óculos acompanham tudo isso. Quer dizer, o melhor é quando você pode ter dois ou três exemplares, que aliás, é o mínimo que uma pessoa deve de ter para que goste dos óculos. O ideal é ter o modelo social, o dia-a-dia e a proteção solar.
E as pessoas procuram também por óculos de sol?
Miguel Giannini: Eu gosto mais do receituário, mas trabalho com sol também. Eu gosto mais da necessidade.
Quanto tempo dura uma consulta com você?
Miguel Giannini: Varia muito. Tem casos em que o cliente que já é antigo e é muito mais rápido. E sempre, quase em regra geral, é o primeiro modelo que eu mostro que a pessoa escolhe. Mas você não pode explorar, tem de analisar até questões financeiras. Não é porque você vai no Miguel que vai ser obrigado a ficar endividado para o resto da vida.
Quanto custa uma consulta?
Miguel Giannini: Não, consulta eu não cobro, eu faço uma análise. É o preço de mercado e a análise e a adaptação a cada situação é que é o diferencial. Então, tem cliente que fica apavorado, mas às vezes é mais barato do que fora. Vai de sorte, óculos não têm meio termo. Se eu sei que eu posso fazer um valor bem acessível, tudo dentro do que eu quero, evidente que eu vou fazer aquele. Agora, se eu não encontrei nada e eu tenho de fazer aquele, que infelizmente é mais caro, vai pagar mais caro porque não adianta economizar e não usar.
Você atende quantas pessoas por dia?
Miguel Giannini: Depende, pelo menos 50 pessoas por dia, mas eu já cheguei a atender 70 pessoas. Antigamente tinha de pegar até senha. Eu estou na quarta geração de cliente e já analisei mais de 400, 500 mil rostos.
Aqui na loja da Bela Vista tem um museu dos óculos no andar superior. Como surgiu a idéia de fazer museu?
Miguel Giannini: Nesses anos todos eu sempre fui garimpando, fui trazendo as armações e eu tinha muita coisa antiga. Quando eu vim para o casarão, eu vi que tinha um espaço lá em cima e foi quando veio a proposta do museu em homenagem a minha mãe Gioconda Giannini.
É muito difícil conseguir marcar um horário com você?
Miguel Giannini: Depende de agenda, mas sempre tem meios de encaixar, quando são casos urgentes..A equipe é muito boa e eu sempre ajudo. Eles começam a passar pela equipe e eu vou pra ver se estão no caminho, direciono. Eu sempre dou o aval, sempre passam pelas minhas mãos. Minha equipe sabe que eu sempre vou conferir para ver se paramos por ali ou se nós temos uma solução melhor. Então, o cliente é sempre bem assessorado por mim.
Você tem três lojas. Você atende em todas elas?
Miguel Giannini: Não, eu só fico aqui no casarão da Bela Vista porque todo o controle de qualidade é concentrado aqui.